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Festival de Cannes | Coprodução do Studio Ghibli é ovacionada

Sem diálogos, The Red Turtle é um poema visual em prol da ecologia

19.05.2016, às 11H42.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Produzido na França, numa sinergia criativa e tecnológica com o tradicional Studio Ghibli, do Japão, onde nasceram pérolas do mestre Hayao Miyazaki (de A Viagem de Chihiro), a animação em longa metragem The Red Turtle chocou-se contra todas as convenções formais do 69° Festival de Cannes, sendo ovacionado pelos quase mil espectadores na plateia da mostra Un Certain Regard, na tarde desta quarta-feira, em reverência à sua potência narrativa.

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Sem diálogos, alimentado por uma inquietação ecológica, o filme é dirigido por um artesão do traço: o holandês Michael Dudok De Wit, ganhador do Oscar de melhor curta-metragem animado de 2001 com Father and DaughterA trama acompanha os esforços de um náufrago para sobreviver nula ilha deserta, onde uma exótica tartaruga vermelha gigante esconde segredos em seu casco.

Existe uma proximidade muito estreita com a natureza em cada linha dos desenhos”, disse De Wit ao Omelete ao fim da projeção.

Com apenas 1h20m de duração, The Red Turtle esgarça todas as fronteiras de linguagem dos desenhos, trafegando entre o realismo e a fábula, numa espécie de poema visual. Seu maior rival na disputa dos prêmios da seção Un Certain Regard é o drama americano Captain Fantastic, com Viggo Mortensen no papel de um pai de família hippie, avesso à civilização. 

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