Ter um cônjuge feliz pode ser a melhor forma de melhorar sua saúde

Relação entre felicidade e saúde é mais próxima do que se imaginava e seu relacionamento é fundamental nisso

Hoje é domingo, pede cachimbo, e dia de tradução no PdH.

Nas últimas semanas, os artigos têm rendido belas conversar e até facilitaram nossa escolha de melhores comentários da semana (fiz uma fala especial na nossa streaming de sexta-feira agradecendo! Vejam lá no Facebook). Mas dessa vez a opção foi diferente.

O artigo de hoje é bem curtinho e a ideia é fazer um teste pra saber se vocês se sentem instigados pela cápsula e a discussão rola bem também. Por favor, deixem seus feedbacks nos comentários (e a gente conversa sobre isso também lá).

Sobre o assunto propriamente dito de hoje, quando encontrei o artigo do Paul Ratner originalmente em inglês no Big Think, uma série de reflexões foram provocadas em mim. Me peguei pensando sobre [i] o poder que pessoas que passam por nossas vidas têm sobre nosso bem estar, tanto aquelas que escolhemos deliberadamente quanto aquelas que simplesmente "não temos controle", [ii] como nos preocupamos tanto e, às vezes, tão errado sobre tentar ser feliz de tantas formas complexas enquanto coisas muito mais importantes e próximas andam mal resolvidas e a gente prefere ignorar e principalmente [iii] quão importante é tomar a decisão de compartilhar uma vida com alguém sem nem ter ideia dos imprevistos que podem (e vão) aparecer no caminho.

Aguardo vocês para trocarmos ideias sobre isso e sobre o que mais vier na sua cabeça. A tradução é de Julia Barreto.

Como ter um cônjuge feliz pode melhorar sua saúde

Um estudo com 1.981 casais heterossexuais de meia-idade revelou que pessoas que tinham cônjuges felizes eram notavelmente mais propensos a ter uma saúde melhor com o passar do tempo.

“Essa descoberta amplia significativamente hipóteses sobre a relação entre felicidade e saúde, sugerindo um laço social único”, disse o investigador principal do estudo, professor William Chopik, que ensina psicologia na Michigan State University. “Simplesmente ter um parceiro feliz talvez melhore a saúde tanto quanto se esforçar para ser feliz”.

A partir de descobertas anteriores que pessoas felizes são, em geral, mais saudáveis, Chopik queria se concentrar nos efeitos que relacionamentos interpessoais têm na saúde. Ele vê pelo menos três razões de porque um cônjuge feliz pode fazer você mais saudável (mesmo quando você mesmo não está feliz): parceiros felizes podem te proporcionar mais suporte e podem fazer as pessoas infelizes se envolverem em atividades saudáveis como dormir e comer bem, além de exercícios físicos. E, por último, é muito mais fácil lidar com pessoas felizes.

“Só de saber que seu cônjuge está feliz com suas circunstâncias individuais talvez amenize a necessidade da pessoa de buscar escapatórias autodestrutivas, tal como álcool e drogas, e talvez possa oferecer, de maneira geral, mais contentamentos que sustentem benefícios na saúde mais para frente”, disse Chopik.

Essa pesquisa de seis anos envolveu casais de 50 a 94 anos, sendo 84% dos participantes brancos, 8% afro-americanos e 6% hispânicos. Não apareceram diferenças entre maridos e mulheres.

Os próprios pesquisadores ressaltaram que há a necessidade de mais estudos. A pesquisa em particular alerta que “a causalidade não pode ser definitivamente reconhecida com esses dados” e espera que estudos futuros também contemplem diferentes grupos de pessoas, não só casais brancos mais velhos. Os pesquisadores também propõem que novas pesquisas sobre o assunto poderiam se beneficiar de dados recolhidos de maneira mais objetiva do que autorreportados.

Você pode encontrar essa pesquisa aqui, no periódico da American Psychological Association.


publicado em 29 de Janeiro de 2017, 00:05
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Breno França

Editor do PapodeHomem, é formado em jornalismo pela ECA-USP onde administrou a Jornalismo Júnior, organizou campeonatos da ECAtlética e presidiu o JUCA. Siga ele no Facebook e comente Brenão.


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